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Seguro de cooperativa: proteção veicular custa menos, mas vale a pena?

Cooperativas oferecem seguros até 70% mais baratos do que as seguradoras tradicionais. Mas tome cuidado com os riscos


Já pensou em dividir o custo do seguro do carro com desconhecidos? Pois essa é a proposta de cooperativas ou associações que oferecem a “proteção veicular”.


Funciona assim: o cooperado paga uma taxa de adesão (que varia de R$ 350 a R$ 400) e a mensalidade para custear a operação e, quando houver acidente ou roubo, nesse mês o valor desse sinistro será dividido entre os associados. Por isso, a parcela mensal varia de preço. Segundo as cooperativas, um sinistro causará um aumento na parcela de, no máximo, 10%.


Atualmente estima-se que há no Brasil mais de 2 milhões de coope­rados divididos em cerca de 500 associações espalhadas pelo país. A maioria está concentrada em Minas Gerais, onde surgiu a modalidade. “Há 15 anos, nascia em Betim a primeira cooperativa de proteção veicular, que reunia caminhoneiros que não podiam pagar o seguro”, conta o advogado Renato Assis, que representa a maioria desses grupos.


O custo do risco

Aderir à “proteção veicular”, porém, exige cuidados. Não é difícil encontrar reclamações em relação a algumas associações. O corretor de seguros Ivan Coutinho relata que muitos de seu clientes descontentes com as cooperativas acabam voltando para as seguradoras.


“Há vários casos assim. Os mais comuns são consertos malfeitos, demora no reparo, pagamento de roubo sem respeitar o valor da tabela Fipe e até a falta de pagamento”, diz. Já no levantamento do Procon, as principais reclamações feitas são os serviços não entregues ou feitos pela metade, mesmo quando o associado tem todos os boletos em dia.



Segundo a Proteste, caso o consumidor opte por aderir a essa modalidade de seguro, é importante tomar certos cuidados, como conferir reclamações junto ao Procon ou em sites de defesa do consumidor, como o Reclame Aqui, e escolher as associações com mais tempo de mercado e com no mínimo 500 associados.


Por Isadora Carvalho Atualizado em 6 mar 2021, 22h40 - Publicado em 17 jun 2016, 13h40












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